SciELO - Brazil - Políticas contra o racismo e opinião pública: comparações entre Brasil e Estados Unidos Políticas contra o racismo e opinião pública: comparações entre Brasil e Estados Unidos

ConJur - Opinião: Combate ao racismo e à discriminação racial no Brasil


Mas os críticos do Dia da Consciência Negra compartilham desse nonsense. Como se brancos precisassem de um dia no ano para exaltar sua identidade e pedir tratamento igual. Como se fossem revistados em lojas de shopping por causa da cor clara de sua pele. Sei que o que escreveu acima não se encaixa nesse meu exemplo, mas é que me fez me lembrar. A língua é dinâmica, sim, eu sei. Mas para alguém estático, certas coisas nunca mudam. O facto é que ações racistas ainda matam, discriminam e excluem indivíduos devido às suas características físicas ou etnias. Estes povos foram usados como mão-de-obra barata, muitas vezes massacrados de forma brutal pelos seus donos, como se intitulavam as pessoas que os compravam.



Seu texto é claro, crítico e demonstra conhecimento de fatos. Parabéns.
Gostaria, no entanto, de fazer uma observação com relação aos comentários referentes a determinadas unidades lexicais. É importante levarmos em conta que as palavras da língua são polissêmicas e vão, mais cedo ou mais tarde, adquirindo ou perdendo acepções. Dessa forma, se os itens racista ou negro são usados com novas acepções, isso é um fato. Um fato que mostra a língua como algo dinâmico, na maioria das vezes impossível de ser controlada pelos usuários. Obviamente, cada um faz suas escolhas e posso, desde que esclareça em que acepção emprego um item lexical, movimentar-me pelas possibilidades que a língua oferece.
Faço a observação a partir do ponto de vista de um pesquisador que investiga fenômenos linguísticos há muitos anos.
Até mais e sucesso! Você poderia, por favor, me dizer quais são estas casas noturnas. Terei o maior prazer em, pessoalmente, denunciá-las, e me comprometo aqui, publicamente, a te manter informado sobre todo o andamento da denúncia.


''Os atos nos EUA fizeram com que o mundo inteiro falasse sobre o assunto e também saísse às ruas. Nunca antes o Brasil tinha dado tanto destaque para a temática como agora. O que é extremamente válido. Mas entristece o fato de que esse é um tema vivenciado diariamente no Brasil e que a gente só foi capaz de reconhecer quando o viu no outro, quando sentiu a dor do outro'' - Outra observação é que eles não colocaram esse rapaz para apresentar porque ele é parecido com o povo (aproximadamente apenas 8 no Brasil se declaram pretos). Eles colocaram porque midiaticamente o politicamente correto e o vitimismo estão vencendo, ainda que parcela considerável do povo não se dobre a essas idiotices.


Artigo de opinião sobre o racismo - Ter sentido ou não é subjetivo, por exemplo, eu não vejo sentido em um debate como este você está preocupado em corrigir o meu português, mas você vê. Não vejo sentido quando mandei fazer os Novinhos do bolo do meu casamento por exemplo, quando foi solicitado que o noivo tivesse a pele escura e pessoas do meu convívio indagaram que poderia soar racista, qual o sentido disso se de fato a minha pele é escura, ou preta, como você quiser chamar, ou que esteja cientificamente correto. O seu sentido pode não ser o meu, aliais, nem sei porque entrei neste debate, você já tem sua opinião formada sobre tudo e argumentos melhores que os meus, escreve bem e sem erros. Viva a liberdade de expressão.
O dia em que pararmos de nos preocupar com Consciência Negra, Amarela ou Branca e nos preocuparmos com Consciência Humana, o racismo desaparece. (Morgan Freeman)


"O conceito de raça é usado para segregar e oprimir uma população que, ainda hoje, é invisibilizada, tendo os direitos humanos violados"


Nossa análise é baseada na Pesquisa sobre Atitudes Raciais , realizada no Estado do Rio de Janeiro, dirigida pelo CEAP e aplicada pelo DATAUFF. Participamos do desenho desta pesquisa junto com pesquisadores do CEAP, e este representa o primeiro "survey" por amostragem probabilística por domicílios desta natureza no país. Este método é reconhecido por organizações de pesquisa, inclusive pelo IBGE, como a única maneira de assegurar uma representação fiel da população pesquisada, neste caso, o Estado do Rio de Janeiro. Os resultados para o Rio de Janeiro não devem ser generalizados para todo o país; no entanto, em uma pesquisa nacional sobre atitudes raciais realizada pelo Instituto DataFolha em 1995, baseada numa amostra de quotas na rua, encontrou-se poucas diferenças por região nas várias questões aplicadas. Muito bem, Alex.
Afirmo(realmente afirmo) que quando eu era bem jovem via pretos(palavra que define cor sem conotação chula) por toda parte e com pele bem bonita.
Hoje raramente vejo pessoas realmente pretas, são misturas de raças que resultaram em PARDOS!!! (e tá lotado de mulheres pardas lindonas com tom de pele maravilhosoe aqui comprovo que não sou racista pois as admiro e até babo) Antes de tudo, porém, para que não digam que sou um preto recalcado, que vejo racismo onde não há e que coloco na minha fala a minha revolta de preto como desculpa para isso e para aquilo, devo dizer que não sou negro. Sou branco. Não sou baixo, sou alto. Sou descendente de europeus e não de africanos. Rapaz bem-apessoado como já ouvi no passado. Estes estereótipos caducos, racistas e desumanos que para mim são lixo e de nada servem, mas que parecem valer muito para um povo RACISTA SIM desta elitizinha mediocre daqui de BH. Tipo de pensamento que reforça o senso de superioridade de muitos jacús belorizontinos que geralmente vivem na parte sul da cidade e que adoram bater no peito e dizer Sou descendente de italiano, Sou descendente de alemão, Sou descendente de português como muito já ouvi. Enquanto detalhe, melhor e mais digno lhes seria dizer: sou descendente da puta-que-o- pariu. Não tenho assim, as características que segundo os critérios destes, desabonariam o meu comentário. A divisão racial nas atitudes de brancos e negros nos Estados Unidos tem sido uma característica marcante desse país (Schuman et al 1997) e o mundo deu-se conta no julgamento do famoso futebolista norte-americano, O.J. Simpson. Nesse caso, houve percepções opostas entre negros e brancos sobre a culpabilidade de O.J. Simpson em assassinar sua ex-companheira que era branca.


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